Visão sobre a Cogna: Neutra
O setor de educação é obviamente importante no tocante ao desenvolvimento social e econômico de um país. Tradicionalmente, é um setor que gera bons resultados e é resiliente a crises financeiras, pois é um serviço quase essencial para a maior parte da população brasileira. A Cogna é hoje uma das maiores empresas no setor de educação em questão de número de estudantes e valor de mercado, muito embora tenha poucos pares na bolsa brasileira para comparação.
Apesar de ser um setor resiliente, visto sua importância na cesta de consumo dos brasileiros, e ter um fluxo de caixa previsível, a Cogna ainda apresenta certos riscos. Seus resultados operacionais não se apresentam como os mais adequados para uma empresa de consumo cíclico, com um ciclo de capital de giro historicamente ruim, isto é, prazo médio de recebimentos e estocagem maiores que o de pagamento, fazendo com que a empresa queime caixa no curto prazo em níveis acima dos pares. Além disso, indicadores de rentabilidade se apresentam abaixo da média do mercado.
Apesar disso, o serviço de educação passou por um grande choque nos últimos anos, considerando o Coronavírus. Nesse período o número de estudantes diminuiu e as despesas e inadimplência no setor tiveram altas.
Por fim, tendo em vista a queda dos preços das ações nos últimos períodos, acreditamos que as ações da COGN3 possam sim ser uma oportunidade, muito embora arriscada. O seu histórico não é animador e não vemos um futuro brilhante para os papéis, que carregam uma grande parcela de incertezas e desafios pela frente. Com isso, adotamos uma posição neutra para a Companhia.
Visão sobre os resultados da Cogna: Neutra
O Grupo Cogna, apresentou em seu resultado consolidado no primeiro trimestre de 2022 (1T22), uma receita líquida de R$1,2 bilhão. Aumento de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, puxado principalmente pelo relaxamento das políticas restritivas do COVID-19. A volta dos alunos a escolas de forma presencial e manutenção do setor online.
Os custos e despesas da Companhia também apresentaram aumentos de 14,9% e 14,6%, respectivamente. Isso se dá principalmente pela elevação do custo de produto vendido, com aumento nos preços de materiais utilizados, e em gastos gerais e administrativos, puxados pela retomada da utilização dos espaços e das aulas, além do aumento da inflação.
Com a necessidade de uma menor Provisão de Créditos de Liquidação duvidosa (PCLD), o resultado EBITDA recorrente teve uma melhora significativa, atingindo 23,9%. Entretanto, como as provisões não afetam o caixa diretamente, se faz necessário ser cético quanto a esse resultado.
Por fim, adicionando a depreciação e amortização, resultado financeiro e impostos de renda e contribuição social do período, a Empresa apresentou prejuízo líquido de R$13,1 milhões. Apesar do valor representar uma melhora de 61,3%, a Cogna ainda apresentou um resultado fraco frente aos pares do mercado, dada a recuperação e abertura da economia.
Por fim, vemos o resultado da Companhia como neutro, e acreditamos que os papéis COGN3 não se encontram em uma situação adequada de compra, dado seus resultados financeiros. Sendo assim, formalizamos uma posição neutra para os papéis.
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