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Índices das Bolsas americanas: conheça-os para investir exterior

Os principais índices das Bolsas de Valores dos Estados Unidos são o S&P 500, o Nasdaq, o Dow Jones, os índices da MSCI e os índices da Russell.


Um índice é muito mais do que aquele número que aparece no noticiário diariamente. Por trás das subidas e descidas, há também o quão atrativos estão as ações de um determinado mercado, especialmente no maior deles: o dos Estados Unidos.

Em um cenário de incerteza e instabilidade local, mais e mais investidores procuram formas de investir no exterior.

No conteúdo de hoje, você vai aprender o que são os índices de mercado, para o que eles servem e os principais indicadores das Bolsas americanas. Além disso, vai descobrir também como expor seu patrimônio à variação destes índices de forma passiva e ativa. Vamos lá?

O que são índices de mercado?

Antes de apresentarmos os principais índices das bolsas americanas, precisamos entender de fato o que pode ser considerado como um índice e para o que eles servem.

Os índices de mercado são indicadores utilizados pelas Bolsas de Valores para mensurar o desempenho médio de um grupo de ativos de Renda Variável, principalmente.

Assim sendo, eles são construídos ao se estipular uma carteira hipotética de ativos (ações, FIIs, BDRs, etc), cada um com um peso diferente, e observar a variação média das cotações que pertencem a esse portfólio imaginário.

Logo, todo e qualquer índice tem a função de ser um termômetro de um determinado mercado. É caso do Ibovespa, do índice de Small Caps, do IBr-X 50, entre outros índices brasileiros.

Ou seja, não é possível investir em um índice, pois ele é apenas um indicador que serve para mostrar em que direção o mercado está indo e quais são as tendências.

Portanto, se as empresas que compõem o índice estão com as cotações em alta, o índice (que tem seu valor marcado em pontos) também sobe. O contrário também é verdadeiro.

Quais são os principais índices das Bolsas americanas?

Então, se quisermos avaliar a valorização das Bolsas dos Estados Unidos em um período  específico, basta avaliar os seus principais índices, uma vez que eles englobam as empresas mais negociadas por lá.

Os principais índices das Bolsas americanas são:

S&P 500

O S&P 500 é abreviatura para Standard & Poor’s 500. Este é o principal índice da New York Stock Exchange e inclui as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, sendo uma das principais ferramentas para acompanhar o desempenho das ações americanas.

Segundo a Forbes, o S&P 500 “rastreia os preços de ações americanas de grande capitalização ou ações de empresas cuja capitalização supera os US$ 10 bilhões”. Entre as empresas de maior peso no índice, destacam-se: Microsoft, Apple, Amazon, Facebook, Google, Johnson & Johnson, Berkshire Hathaway e Visa.

Confira, no gráfico a seguir, a valorização histórica do S&P 500 desde janeiro de 1990. Em 2021, após a pandemia, o índice renovou as máximas históricas.

Como investir seguindo o índice S&P 500?

Para investir seguindo a valorização do S&P 500, entre as melhores alternativas estão os ETFs que acompanham este índice.

Ao adquirir uma única cota desses Fundos de Investimentos, você tem acesso a uma carteira diversificada com as principais empresas americanas.

Na Bolsa de Valores do Brasil (B3), você tem acesso aos seguintes ETFs que seguem o S&P 500:

NomeCódigo de negociação
iShares S&P 500IVVB11
S&P500® Net Total ReturnSPXI11
BTG S&P 500SPXB11

Nasdaq

O Nasdaq Composite Index é o índice ponderado de capitalização de mercado de mais de 2.500 ações listadas na bolsa de valores Nasdaq. Além disso, inclui ADRs e Real Estate Investment Trusts (REITs).

O índice inclui todas as ações listadas na Nasdaq que não sejam derivativos, ações preferenciais, Fundos, ETFs e debêntures.

A diferença é que ele não inclui apenas empresas de origem americana e sua composição é de cerca de 50% de empresas de tecnologia, seguidas por serviços, saúde e finanças.

Como investir seguindo o índice Nasdaq?

Para seguir a valorização do índice Nasdaq, uma boa alternativa é o ETF NASD11, que visa acompanhar o desempenho das empresas que fazem parte da composição dessa carteira.

Tenha atenção, pois esse ETF não segue o Nasdaq Composite, mas o Nasdaq 100, o indicador das 100 maiores empresas não financeiras americanas e internacionais listadas na Nasdaq Stock Market, com base na capitalização de mercado.

Você também pode investir neste ETF por meio da sua corretora aqui no Brasil, sem precisar abrir contas ou fazer remessas de dinheiro para o exterior.

NomeCódigo de negociação
Trend Nasdaq 100NASD11

Dow Jones

O Dow Jones Industrial Average (DJIA), também chamado de Dow 30, acompanha o desempenho de 30 blue chips de capital aberto que negociam na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Nasdaq.

O índice, que existe desde 1896, tem a finalidade também de mensurar a economia americana sob a ótica das empresas de modo mais amplo. Ele inclui nomes como: Visa, Nike, JPMorgan Chase, 3M, Coca-Cola, Apple, American Express, Chevron, Intel, Proctor & Gamble, Walmart e muitas outras.

As críticas ao Dow 30 vão no sentido de que o número de empresas é muito pequeno para mensurar a saúde da economia em comparação com o S&P 500 e ignora empresas pequenas.

Índices MSCI

Além dos três maiores indicadores que mencionamos anteriormente, há ainda os da MSCI (Morgan Stanley Capital International), empresa que elabora índices para englobar diferentes mercados mundiais e empresas com base em critérios específicos, como: tecnologia, saúde, ESG, mercados internacionais e muitos outros.

Eles também representam carteiras teóricas de ações que podem ser agrupadas de acordo com algum método além do valor de mercado. Desse modo, permite ao investidor ter um referencial e uma leitura das principais companhias de um recorte econômico e como está o desempenho delas.

Como investir seguindo os índices da MSCI?

Os principais ETFs que seguem índices da MSCI na B3 são:

NomeCódigo de negociação
It Now MSCI USA – Genomic Innovation Select 50DNAI11
It Now MSCI USA – IMI Millenial Select 50MILL11
Investo ETF MSCI US TechnologyUSTK11
Investo Alug MSCI REITALUG11
MSCI USA ESGESGU11

Índices Russell

Os índices Russell US são elaborados pela FTSE, uma companhia independente de propriedade do Financial Times. Eles também servem como referência para os investidores internacionais além dos 3 grandes índices das Bolsas americanas.

Eles se dividem pela quantidade de empresas (50, 500, 1.000, 2.000, 3.000 etc), pela capitalização de mercado (microcaps, midcaps, megacaps, etc) ou índices específicos como os de ESG ou de receita verde.

Como investir seguindo os índices Russell?

Por fim, no Brasil também temos um ETF com exposição ao índice Russell® 1000 Green Revenues 50, composto pelas 50 grandes e médias empresas americanas que se engajaram na transição para a economia verde.

NomeCódigo de negociação
Russell® 1000 Green Revenues 50REVE11

Quer conhecer mais alternativas de ETFs internacionais para investir com facilidade e sem precisar abrir conta no exterior? Então leia um artigo especial sobre os principais Fundos de Índice negociados na B3:

BDRs: monte a sua própria carteira no exterior

Além dos ETFs que seguem índices das Bolsas americanas, também é possível investir no exterior por meio dos BDRs.

Se nos ETFs você adota uma gestão passiva em parte do seu dinheiro, isto é, em que visa apenas acompanhar a valorização geral do índice; nos BDRs, você tem uma gestão ativa ao escolher e montar a sua carteira internacional de acordo com seus objetivos e perfil de risco.

Dessa maneira, parte do seu patrimônio terá gestão passiva e outra parte terá gestão ativa, aumentando as suas possibilidades de ganhos.

Assista ao vídeo a seguir com a nossa Analista de Investimentos, Paloma Brum, e entenda mais sobre os BDRs:

Índice BDRX da B3

Se você ainda tem dúvidas se vale a pena investir em BDRs, confira a seguir a valorização do Índice BDRX, um índice de BDRs não patrocinados da B3.

Ele reúne, em uma carteira teórica, os BDRs mais negociados da Bolsa de Valores por aqui.

Para quem investe no longo prazo, esse tipo de ativo tem se mostrado uma excelente alternativa de diversificação geográfica.

Lembrando que as valorizações do passado não são garantia de que o mesmo irá acontecer no futuro.

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